Pokémon é uma franquia que possui muitos adoradores. Eu pessoalmente comecei jogando as nostálgicas versões de Game Boy Color (Gold, Silver e Crystal) e segui como fã dos monstrinhos – mesmo com um pouco menos de hype e me perdendo depois dos 250 primeiros – até os jogos atuais.
Uma excelente cura para a nostalgia de poder mais uma vez jogar os jogos são os emuladores de Game Boy Advance (recomendo o VBALink versão 1.72) e de Nintendo DS ( recomendo o DeSmuME versão 0.9.11, só que costuma rodar bem lento em laptops ou computadores com disposição menor).
Além de ROMs dos games originais de Pokémon, surgiram jogos criados ou editados digitalmente pelos próprios fãs denominados ROM Hacks. Alguns deles se destacaram bastante, outros nem tanto. Aqui, arquivarei uma lista, feita com bastante critério e avaliação, sobre os melhores ROM Hacks que tive o prazer de jogar. Vamo que vamo 🙂
NÚMERO 5 – Pokémon Crystal Clear (ROM Hack de Pokémon Crystal, Game Boy Color, 2018)

Se imagine jogando uma versão de Game Boy da segunda geração, só que tendo a escolha de começar sua aventura em Kanto ou Johto – podendo transitar livremente entre elas desde o começo do jogo e fazer qualquer um dos 16 ginásios na ordem que quiser – e escolher um inicial dentre 28 opções possíveis. Crystal Clear é o mais próximo de um hack estilo mundo aberto que existe para os jogos GSC.

A melhora da customização de personagem também é forte ao permitir mudança de cores , várias opções de sprites masculinos e femininos e adições como o botão de correr (B/X no emulador) que só seria introduzido na geração seguinte.
A melhor coisa do jogo é poder escolher literalmente TUDO do caminho que você deseja fazer e ainda poder capturar todos os 251 pokémons disponíveis, de Bulbassaur até Celebi, sem precisar fazer uma troca via Link Trade (o jogo possui um NPC em Goldenrod que possibilita você “trocar” seus pokémons consigo mesmo e evoluir eles no próprio jogo)

Ironicamente, este hack permite ao treinador ir até o Mt.Silver, sem nenhuma insígnia e logo que começa a jornada (não recomendo, hehehehe…). Pokémon Crystal Clear se encontra como a opção número 5 da lista.
NÚMERO 4 – Pokémon Prism (ROM Hack de Pokémon Crystal [Gold nas versões anteriores], Game Boy Color, “terminado” em 2016)

Situado na região fictícia de Naljo, o jogo possui um pokédex de 253 pokémons, incluindo alguns fakemons e pokémons da terceira/quarta geração. Dois novos tipos (Gas e Sound) também foram adicionados à lista.
Nesse jogo, o protagonista é nada mais nada menos do que o filho do campeão Lance, Prism, que acaba chegando na região de Naljo graças a um acidente que ocorreu após ele brincar com o carrinho de mina do seu tio e perder o controle. Naljo é uma região que ainda está se construindo e por isso passa por muitos processos de burocratização e corrupção de indústrias. Cabe a Prism coletar todas as suas 20 insígnias e ir salvando a região de seus males.
Além de termos Larvitar como nosso inicial diferente, Pokémon Prism incrementa novos minigames e pontos da história onde é possível até mesmo controlar seu pokémon pelo mundo aberto. É uma história simplesmente fantástica que vai deliciar todos os fãs da franquia.
CURIOSIDADE: Em 21 de dezembro de 2016, a Nintendo enviou um pedido de cessação e desistência que encerrou o desenvolvimento do jogo. No entanto, um usuário anônimo no 4chan vazou a v0.91 do jogo. A versão vazada é de 19 de dezembro de 2016.
NÚMERO 3 – Pokémon Hyper Emerald 807 (ROM Hack de Pokémon Emerald, Game Boy Advance, última versão lançada em 2019)

Pokémon Hyper Emerald 807 é um dos melhores reboots não oficiais do jogo de GBA. Feito por um grupo de desenvolvedores chineses, o jogo segue a história original de Emerald com algumas adições extras no enredo. A cereja do bolo com certeza é poder capturar todos os pokémons disponíveis até agora, da primeira até a sétima geração, dentro do game. Dificuldades dos líderes de ginásio subiram absurdamente.
É uma hack que além de ser caprichada, animou movimentos e golpes que não existiam na terceira geração e atualizou todos os sprites de personagens para parecerem com suas versões de Alpha Sapphire e Omega Ruby.

O maior ponto negativo do jogo é ele estar apenas parcialmente traduzido para o inglês (Só os golpes e os itens) e não possuir tradução em português. Mesmo assim, é super tranquilo se você seguir o rumo normal da história clássica, só não vai dar pra entender os diálogos. Apesar da barreira linguística, conferir Pokémon Hyper Emerald é uma forte recomendação aos fãs de Hoenn. Uma carta de amor à Ruby/Sapphire/Emerald.
NÚMERO 2 – Pokémon Ultra Shiny Gold Sigma (ROM Hack de Pokémon Fire Red, Game Boy Advance, 2018)

Similar ao estilo de Hyper Emerald, Ultra Shiny Gold Sigma é basicamente um relançamento do antigo hack Pokémon Shiny Gold (a história de GSC revisitado na terceira geração) com todos os 807 pokémons disponíveis para serem capturados entre Johto e Kanto, líderes de ginásio com dificuldade aumentada e bastante conteúdo extra.

Ultra Shiny Gold Sigma também dispõe de um item chamado Link Cable, que permite a evolução de pokémons que precisam de troca para evoluir simplesmente dando esse item pra eles, similar a uma pedra evolutiva.
Não há muito o que se falar do jogo, pois se trata de uma experiência já conhecida, mas marcante nessa edição pelas novas possibilidades que ela permite. Um exemplo disso seria lutar com a treinadora dos dragões Zinnia assim que você pega seu inicial.
NÚMERO 1 – Pokémon Insurgence (ROM Hack feita no RPGMaker, finalizada em 2017)

Com certeza minha ROM Hack favorita. Pokémon Insurgence traz uma história bem mais séria e adulta que se passa na região de Torren. Lá, cultos (SIM, CULTOS) dedicados a pokémons lendários lutam entre si para que seus mundos ideais se tornem realidade – um culto dedicado a Darkrai, pokémon dos pesadelos, sacrifica pessoas em um altar de espinhos para invocar a criatura, por exemplo – No meio dessa disputa, o protagonista é resgatado de um sacrifício desse culto por nada mais nada menos do que Mew, chegando a uma cidade inicial e aleatoriamente dando início para sua aventura.

Além de apresentar pokémons até a sexta geração, Insurgence traz uma coisa sensacional: as chamadas Delta Species de pokémons. Basicamente são pokémons que tiveram seu DNA mutado por cultos e acabaram se espalhando pela natureza de Torren. Eles podem ser caracterizados por serem extremamente raros e de tipos diferentes de suas versões originais. Os maiores exemplos disso são os iniciais que o jogo te permite escolher.

A liberdade que o jogo te dá é bem legal, além de poder escolher o sexo do personagem, você pode customizar suas roupas, cabelo, mochila e até mesmo comprar itens decorativos pra sua aparência, como por exemplo uma espada medieval.

Dificuldade e desafio é o que não falta em Insurgence. O limite dos levels é 120, e acredite, o jogo vai te empurrar até lá caso você queira chegar no fim dele. Mesmo sendo feito no RPGMaker, as animações são bastante fluidas e de qualidade. Minha única recomendação é não jogar em laptop pois o game costuma rodar mais lento neles.
E com isso chegamos ao fim da lista! Espero que tenham gostado e pegado algum interesse por alguma dessas versões, qualquer dúvida basta deixar nos comentários 🙂
Leave a Reply